Trecho licitado compreende o percurso entre a Pontinha do Cocho e Figueirão.
A edição do Diário Oficial do Governo do Estado desta segunda-feira (3) traz a homologação da licitação para a reforma de 49,9 quilômetros da MS-436, no trecho entre Camapuã e Figueirão. A rodovia, concluída em 2013, começou a se deteriorar poucos meses após sua inauguração e tem sido alvo de constantes reclamações desde então.
A obra será executada pela empreiteira LCM Construção e Comércio, que venceu a licitação ao apresentar uma proposta de R$ 101.212.310,02, um deságio de 1,6% em relação ao valor máximo previsto pelo governo, que era de R$ 102.860.310,38.
A MS-436 tem 111 quilômetros de extensão, e a reforma do trecho maior, de 61 quilômetros, chegou a ser licitada em maio de 2023, mas o certame foi cancelado. Uma nova licitação foi aberta em 5 de dezembro, prevendo um investimento de R$ 134 milhões para a recuperação da via. Com isso, o custo total da obra subiu 21% em relação ao valor inicialmente anunciado, passando de R$ 194 milhões para R$ 235 milhões.
O trecho cuja licitação foi homologada nesta segunda-feira compreende o percurso entre a Pontinha do Cocho e Figueirão. Questionada sobre a previsão de início das obras, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) ainda não se manifestou.
Desde sua inauguração, a MS-436 tem demandado investimentos frequentes em manutenção devido ao grande número de buracos. Apenas entre janeiro de 2023 e abril de 2024, foram gastos R$ 5 milhões em operações de tapa-buracos. As constantes chuvas no norte do estado entre o fim de 2024 e início de 2025 agravaram ainda mais a situação.
De acordo com manuais de engenharia, a durabilidade de uma rodovia varia entre 10 e 25 anos, dependendo da intensidade do tráfego e outros fatores. No entanto, a MS-436 já apresentava buracos apenas dois anos após sua inauguração, feita na gestão do ex-governador André Puccinelli.
A obra foi alvo da Operação Lama Asfáltica, que investigou fraudes e superfaturamentos em contratos públicos e resultou na prisão do ex-governador, assessores e empresários envolvidos.
(Fonte: MS todo dia)