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Governo de SP abre licitação para reforma de R$ 88,7 milhões em estádio de atletismo no Ibirapuera

Local já foi base de treinamento para campeões olímpicos, mas está com pista deteriorada; objetivo do restauro é oferecer estrutura de preparação aos atletas e atrair competições internacionais

O Estádio Ícaro de Castro Melo, localizado no Complexo do Ibirapuera, vai ser reformado pelo Governo de São Paulo, após muitas cobranças de atletas, ex-atletas e entidades esportivas, insatisfeitos com as atuais condições do local. As secretarias de Esportes (SESP) e de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH) abriram nesta quinta-feira o processo de licitação para contratar a empresa que ficará encarregada de restaurar o estádio, com investimento total de R$ 88, 7 milhões e previsão de 16 meses para a entrega a partir da contratação.

“A Secretaria de Esportes do Estado de SP está empenhando todos os seus esforços para recuperação desse que é um dos templos do atletismo brasileiro. Com essa reforma será possível que São Paulo volte a receber as principais competições nacionais e internacionais”, afirma a secretária de Esportes do Estado de São Paulo, coronel Helena Reis.

A previsão é de modernização em diferentes setores, especialmente na pista de atletismo, que, como o Estadão mostrou em janeiro, está destruída. Banheiros, arquibancadas e canteiros também serão reformados.

Para cumprir o objetivo de sediar campeonatos importantes e servir de centro de treinamento de excelência, o projeto tem como um de seus principais conceitos o atendimento às exigências de certificação de classe 1 da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Federação Paulista de Atletismo participaram do desenvolvimento e fizeram algumas orientações, como a construção de uma 9ª raia e pista de aquecimento. Vestiários e estruturas de apoio também serão modernizados.

Outra prioridade, de acordo com o Governo, é a preservação integral das características e elementos tombados da estrutura do estádio. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegou a tentar reverter o tombamento do complexo. “Na minha visão pessoal, não há por que a gente ficar preso a uma arquitetura que já está obsoleta”, disse o governador em fevereiro deste ano.

O estádio foi usado como hospital durante a pandemia. Depois disso, a pista foi inutilizada de vez. Durante sua gestão, o ex-governador João Doria tentou conceder o Ibirapuera à iniciativa privada, mas o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) determinou, em novembro de 2021, o tombamento provisório do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, onde estão o Ginásio do Ibirapuera, o estádio e a pista de atletismo.

A terceira prioridade é o atendimento integral às normas e à legislação vigentes, relativas a questões como acessibilidade – que inclui uma plataforma metálica para acomodar pessoas com deficiência – proteção, combate a incêndio e ao código sanitário estadual.

“Estamos juntando a expertise das equipes de projetos e obras do corpo técnico da CDHU com a experiência esportiva da secretaria de Esportes, ouvindo especialistas, para devolver um patrimônio histórico à nossa comunidade esportiva”, afirma o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, que participou de um intercâmbio na Itália, em maio, para entender processos de restauração dos quais os italianos são referências.

“Na nossa imersão em Firenze, tivemos contato com técnicas de restauro de bens tombados, inclusive esportivos, e essa experiência internacional está enriquecendo o projeto que agora parte para a fase de contratação de obras, como a compatibilização de elementos modernos sem perder as características históricas do bem tombado”, conclui.

Quantos às modificações relativas ao conforto e segurança do público, está prevista a instalação de dois telões, novos guarda corpos, módulos sanitários com acessibilidade e mais de 11 mil assentos. O projeto prevê que tudo isso será feito sem prejudicar a visibilidade da estrutura histórica.

O processo de seleção da empresa responsável por executar a obra vai ser liderado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), também líder do desenvolvimento do projeto.

“Desde o meio do ano estamos debruçados junto com a equipe da CDHU para entregar um projeto que contemple todas as necessidades da comunidade esportiva. Também chamamos para o debate integrantes da Confederação e Federação de Atletismo. Será uma obra complexa, mas quando finalizada trará grandes frutos para o esporte do Estado de São Paulo”, fiz o secretário executivo da Secretaria de Esportes do Estado de SP, coronel José Ribeiro Lemos Junior.

(Fonte: Estadão)

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