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Governo de MT espera estiagem para retomar obra após mais de 7 anos

Obras do Rodoanel, na região metropolitana de Cuiabá, estão paradas. Anel viário era obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Depois de sete anos, o governo estadual ainda deve esperar o fim do período de chuvas para finalmente retomar as obras do anel viário Rodoanel, na região metropolitana de Cuiabá, projeto lançado em 2006. A informação é da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), segundo a qual – embora parte dos trabalhos já tenha sido licitada – ainda não há ordem de serviço assinada para a construção.

 

Planejado para circundar a região metropolitana, o Rodoanel seria responsável por absorver a demanda de veículos de carga para fora do centro urbano, desafogando também trechos problemáticos como o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, e a Rodovia dos Imigrantes.

 

Inicialmente a responsabilidade pela execução do projeto era da Prefeitura da capital em convênio com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Até 2009, apenas 10 quilômetros de rodovia haviam sido abertos – mas nem todos pavimentados – entre a Rodovia Emanuel Pinheiro, saída para Chapada dos Guimarães, e a Avenida Antarctica, na região do Sucuri.

 

As obras, entretanto, acabaram paralisadas naquele ano por fatores como falta de recursos, irregularidades no contrato e descumprimentos de compromissos entre as partes no convênio, incluso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Este não foi o único projeto do PAC com problemas durante a execução em Cuiabá.

 

O governo estadual buscou uma solução para o gargalo logístico na região metropolitana em 2013, lançando licitação de lotes de obras restantes do Rodoanel por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e sob responsabilidade da Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa), mas a falta de recursos disponíveis obrigou o repasse do projeto à Setpu.

 

Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da Setpu informou que, da parte restante do Rodoanel, um trecho de 11,4 quilômetros na parte sul já foi objeto de licitação via RDC com investimento de mais de R$ 130 milhões.

 

Entretanto, os trabalhos ainda não começaram porque não foi assinada a ordem de serviço, documento que autoriza o início da construção. Isso porque, segundo a Setpu, as atuais chuvas inviabilizam o trabalho de engenharia e é necessário aguarda o início da estiagem. A mesma alegação foi dada pelo governo para a situação da Estrada Verde, alternativa viária entre Cuiabá e Rondonópolis. Segundo a  Setpu, não há condições de tocar a obra com chuva e, por isso, cogita-se até mesmo um aditivo ao contrato.

 

Quanto ao restante do Rodoanel, entre a região do Sucuri e a rodovia BR-364, a Setpu informou que nem sequer existe ainda um edital de licitação para contratar os serviços de obras em mais de 39 quilômetros. O motivo é o tempo necessário para a análise dos anteprojetos por parte do Dnit.

 

(Fonte: G1)

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