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‘Falta clima para investimento privado’

Crise externa aumenta as incertezas, mas o ambiente de negócios no Brasil também não ajuda, diz o economista da FGV

Para realizar uma politica de investimentos, a presidente Dilma Rousseff deveria deslanchar um programa de privatizações e tomar uma série de medidas para melhorar o ambiente de negócios no Brasil. A recomendação é do economista Armando Castelar Pinheiro, coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Algo que fosse visto como crível ajudaria as empresas a investir”, disse Pinheiro ao Estado. Para ele, mais importante que aumentar o investimento público é estimular o investimento privado. “O Brasil é um país que oferece bons retornos, mas antes de incluir os impostos. Depois de toda a carga tributária, o retorno não é tão interessante assim”. A seguir trechos da entrevista.

A presidente Dilma pediu aos ministros uma política pró-cíclica de investimentos. Como funcionaria?

Acho que, no fundo, a presidente queria dizer que quer uma política anticíclica para combater o desaquecimento. Pro-cíclico é adotar medidas que estimulam mais a demanda quando o país está crescendo ou reduzem a demanda quando já está desaquecendo. Por exemplo: se o BC baixa juros e a economia está muito aquecida, adotou política pró-cíclica. Geralmente é feito o contrário. Se a economia está andando muito devagar, o BC baixa os juros; se a economia está andando muito depressa, o BC sobe os juros.

No contexto atual, o Brasil precisa de uma política anticíclica de investimentos?

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