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Exército deve manter compra de farda chinesa

Margem de preferência por produto nacional, que seria de 25%, passa para 8%

O Exército brasileiro vai continuar a comprar fardas produzidas na China, mas as empresas brasileiras que comprovarem a utilização exclusiva de materiais nacionais poderão cobrar até 8% mais nos preços. Em agosto deste ano, a presidente Dilma Rousseff havia anunciado que a margem de preferência seria de 25%.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), as fardas não são importadas pelo Exército, e sim por empresas nacionais que vencem as licitações governamentais e contratam fabricantes chineses.

“A margem de 8% não vai resolver o problema, mas entendemos que é um sinal positivo do interesse do governo em apoiar a produção e a inovação tecnológica do setor”, afirmou o diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel.

Segundo ele, a lei de licitação em vigor permite que as importações continuem. “Na China, o exército é proibido por lei de utilizar farda estrangeira”, disse Pimentel. “Um mecanismo de reciprocidade poderia acabar de vez com o uso de uniformes estrangeiros pelos soldados brasileiros”.

Por ano, o Ministério da Defesa gasta R$ 100 milhões na compra de 400 mil uniformes camuflados de indústrias localizadas na China. A maior fornecedora é a Diana Paolucci, uma empresa brasileira radicada em território chinês. Os militares da Aeronáutica, do Exército e da Marinha reclamam que a vida útil das peças não chega a um ano, especialmente na região amazônica. No Comando Militar da Amazônia, grande parte dos 26 mil homens usa uniformes camuflados com etiqueta de indústria chinesa.

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