Categories: Notícias

Executivo anuncia licitação de novos blocos em 2019

Falando num encontro informal denominado “Matabicho com os Jornalistas”, que visou falar sobre as principais estratégias do sector para os próximos anos, Diamantino Azevedo, alertou, contudo, que os resultados dessas licitações poderão apenas ser visíveis dentro de um período de até sete anos.

O ministro anunciou que vão ser concedidas também licenças para a prospecção de petróleo em terra (onshore) e mar (offshore). No onshore, serão realizadas prospecções nas Bacias do Congo, Namibe e Cunene.

Referindo-se à Sonangol, Diamantino Azevedo disse que o Ministério das Finanças vai privatizar 54 empresas subsidiárias da companhia, que não fazem parte do principal negócio da petrolífera angolana. A petrolífera tem cerca de 29 empresas na Zona Económica Especial (ZEE) e outros negócios dentro e fora do país, alguns dos quais, sublinhou o governante, apenas trazem prejuízos à empresa.

Além desse passo para a privatização das subsidiárias, é também pretensão do sector dos Recursos Minerais e Petróleos a venda de parte do capital a privados. As iniciativas de privatização, segundo Diamantino Azevedo, estão inseridas num plano de regeneração da empresa, que está em fase de conclusão.

Diamantino Azevedo disse que o número de postos de abastecimento de combustíveis no país crescerá 16 por cento, no quinquénio 2018-2022, quando passar dos actuais 1.132 para 1.313 em todo o território nacional.

Para a implementação do projecto, segundo o ministro, será necessário fazer o mapeamento das áreas a beneficiar e a definição do tipo de postos de abastecimento de combustíveis a ser construídos.

A par disso, o governante reiterou que a refinaria de Cabinda, cuja construção está prevista também para o quinquénio 2017/2022, terá capacidade para processar 50 mil barris de petróleo/dia. A unidade de processamento terá uma participação essencialmente de empresas privadas e uma pequena parte do Estado, ao contrário da refinaria do Lobito, na qual o Es-tado conta com mais ou menos 50 por cento das acções.

Em relação à refinaria do Lobito, que poderá proces-sar 200 mil barris de petróleo/dia, disse que foi concebida visando o desenvolvimento da indústria petroquímica – produção dos mais diversos derivados do petróleo, com foco voltado também para a exportação.

Sobre o concurso de selecção das empresas para construir as refinarias, disse que foram encontradas sete de um universo de 100 propostas de refinarias.

A respeito do ouro, duas empresas de exploração en-tram em actividade em 2019, mas já existem concessões na província da Huíla e de Cabinda. Dos projectos, o sector de Recursos Minerais e Petróleos prevê a criação de mais uma fábrica de lapidação de diamantes na província da Lunda-Sul, construção de um oleoduto que liga Lobito à República da Zâmbia.

Os projectos também prevêem o aumento do conteúdo local no processo de produção do crude, com a inserção de mais empresas angolanas na produção de componentes para plataformas que exploram petróleo em Angola.

(Fonte: Jornal de Angola)

Portal de Licitações