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Um dos itens que gera reclamações dos usuários é o preço pago pela alimentação, que não é de responsabilidade da administração do terminal. Os 200 espaços existentes são concedidos e fiscalizados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).

Apesar de pertencer ao Daer, o prédio da rodoviária é administrado há 40 anos pela mesma empresa, que fica responsável pela venda de passagens e pela manutenção dos espaços públicos. O dinheiro para os investimentos sai do bolso do passageiro – 11% do valor do bilhete.

A direção diz que já fez melhorias no terminal. “O terminal está adaptado às normas brasileiras de acessibilidade e temos guichês especiais. Em relação à sala de espera, temos um acesso no primeiro andar, com escada, e pessoas com dificuldade não tem acesso, mas temos no térreo vários outros locais em que as pessoas podem estar alocadas, além das salas vips das transportadoras, que têm rampas”, esclarece o administrador da rodoviária, Giovanni Luigi.

O contrato da empresa com o governo do estado, no entanto, já venceu. Por ordem da Justiça, o Daer precisa fazer uma nova licitação, abrindo concorrência, inclusive, para empresas de fora do país. Qualquer reforma do prédio depende dessas definições. Segundo o diretor de transportes, a ideia é transformar a rodoviária de Porto Alegre em um centro logístico.

“Onde a gente possa congregar o novo Cais Mauá, o transporte fluvial, a integração com o trensurb, que tenha um bicicletário, para que as pessoas possam vir de ônibus e pegar uma bicicleta. Tem a questão dos táxis, o novo metrô, do nosso ônibus intermunicipal. Entendemos que a rodoviária deve trazer mais conforto, deve ser mais fechada”, diz.

O Daer só deve lançar a nova concorrência em 2013, prevendo todas as obras necessárias para a rodoviária. Enquanto isso, investimentos previstos pelo atual gestor estão suspensos. Além da rodoviária de Porto Alegre, também irão passar por nova licitação 277 terminais no estado.

(Fonte: G1)