Categories: Notícias

Empresas são desclassificadas e terceirização da Saúde será adiada

Prefeitura deu prazo extrapara que as concorrentes apresentem documentos exigidos no edital; esse é o quinto revés do projeto de terceirização em dois anos

A proposta do prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), para terceirizar o atendimento das principais unidades de saúde, sofreu novo revés.

As quatro entidades que disputavam o processo licitatório foram desclassificadas depois de não atenderem todas as condições de habilitação estabelecidas no edital.

As empresas recorreram da decisão, mas as apelações foram negadas. Com base na Lei de Licitações, a prefeitura estabeleceu o prazo extra de oito dias para as entidades apresentarem nova documentação. O prazo acaba dia 8 de janeiro.

Questionado, o governo tucano informou que, caso nenhuma empresa consiga a habilitação, será aberto novo processo licitatório.

MÉDICOS/ O contrato poderia custar até R$ 37 milhões, por 15 meses. Nesse período, a empresa ficaria responsável por disponibilizar médicos para o PSM (Pronto Socorro Municipal), PSI (Pronto Socorro Infantil) e PA’s (Pronto Atendimento) do Cecap e Gurilândia.

Em pregão realizado dia 30 de novembro, a empresa Anan Serviços Médicos e em Saúde, de São Paulo, ofereceu o menor valor — R$ 35,359 milhões.

O diretor da empresa, Osvaldo Bittar Junior, disse que vai apresentar a documentação solicitada. “A nossa empresa não tem obrigatoriedade, pela lei, de ter a documentação solicitada. Mesmo assim, providenciamos o que foi pedido”.

As empresas Essencial Medicina Integrada e INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano) não comentaram a desclassificação. Nenhum responsável pela Fênix do Brasil foi localizado.

POLÊMICA/ Esse é o quinto revés da proposta de terceirização, que enfrenta a resistência da maioria dos vereadores.

Os dois primeiros ocorreram em janeiro e abril de 2014, na licitação original, e foram semelhantes ao últimos: as empresas que disputavam a concorrência foram inabilitadas.

O terceiro revés, em maio de 2014, foi diferente: depois de ação do Ministério Público e da Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça barrou o certame. Já o quarto revés ocorreu em agosto de 2015, quando a segunda versão da licitação foi suspensa pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Empresa atuaria em quatro unidades

Pela proposta da terceirização, a maior parte dos profissionais atuaria no PSM, que realiza 17 mil atendimentos a cada mês.

O restante seria distribuído entre PSI (3,7 mil atendimentos/mês), PA do Cecap (7,2 mil atendimentos/mês) e o PA do Gurilândia (8,3 mil atendimentos/mês).

Juntas, as unidades realizaram 435 mil atendimentos em 2014.

(Fonte: Gazeta de Taubate)

Portal de Licitações