Categories: Notícias

Empresas de todo o mundo entram em concorrência

Apesar do adiamento, gigantes do setor como a GE, a Siemens e a Bosch ficaram de fora por falta de competitividade na licitação que será definida por preço.

 

Um total de 14 empresas e consórcios de todo o mundo entregaram propostas para a concorrência internacional para instalação da primeira usina solar da Eletrosul, o maior projeto brasileiro de geração de energia solar fotovoltaica integrado à edificação e a primeira iniciativa de uma concessionária Eletrobras. As propostas foram entregues até o dia 31, após um adiamento do prazo original de 10 de outubro em função da complexidade da execução do projeto, atendendo pedido das próprias empresas. Apesar do adiamento, gigantes do setor como a GE, a Siemens e a Bosch ficaram de fora por falta de competitividade na licitação que será definida por preço.

Segundo Eurides Mescolotto, presidente da Eletrosul, a empresa optou pela concorrência internacional pela falta de produção local. “Investimos no projeto por considerar que a solar é a energia do futuro. Em dois a três anos poderá se tornar viável em termos de custos, com o país tendo o domínio da tecnologia fotovoltaica. A matéria prima, o sol, já temos”, diz.

O financiamento de R$ 7 milhões do banco de fomento alemão KFW ajudou bastante. “Estabelecemos que as nossas próximas construções corporativas estarão preparadas para receber painéis solares. Nossa meta é incentivar a indústria brasileira a investir na fabricação local de módulos fotovoltaicos. Enquanto não tiver produto nacional o leilão de energia solar será inviável”, considera Mescolotto.

O projeto da usina Megawatt Solar prevê a instalação dos módulos fotovoltaicos nas coberturas do edifício-sede e dos estacionamentos da Eletrosul, em Florianópolis (SC), totalizando uma área de aproximadamente 10 mil m2. A usina será conectada à rede elétrica local e a energia produzida será vendida a consumidores livres. Além da planta comercial, o edital do Megawatt Solar prevê a instalação de uma planta experimental de 8 quilowatts (kW) de potência, contemplando quatro sistemas fotovoltaicos: dois usando módulos de silício cristalino e os outros, a tecnologia de filme fino de silício amorfo ou microcristalino.

O prazo total para implantação da usina será de oito meses, com início previsto para janeiro de 2012. O orçamento do projeto definido no edital é de aproximadamente R$ 10,8 milhões. Cerca de 10% da remuneração da proposta vencedora será condicionada ao desempenho dos módulos fotovoltaicos em termos de qualidade da energia em relação à irradiação solar que não é boa na região.

A energia será comercializada a um custo entre R$ 300 e R$ 500 o MW/h no mercado livre para consumidores especiais, com cargas instaladas entre 500 KW e 3 MW. “O potencial da energia solar é gigante. Se cobríssemos o lago de Itaipu com módulos fotovoltaicos geraríamos duas vezes mais energia que a usina “, diz Rafael Takasaki, coordenador do projeto.

 

(Fonte: Valor Online)

Portal de Licitações