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Empresa criada pela Petrobrás comprará sondas do pré-sal

Batizada de SET Brasil, holding terá participação estatal e de fundos de investimentos nacionais e internacionais.

A Petrobrás decidiu criar uma holding para operar sondas de perfuração de poços petrolíferos do pré-sal. A nova empresa, batizada de SET Brasil, terá participação estatal minoritária, com controle diluído entre fundos de investimento nacionais e estrangeiros. O objetivo é evitar o uso do capital da companhia em áreas que não estão em seu foco de atuação.

Segundo o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, a SET Brasil vai comprar as sondas e alugá-las para a estatal. O primeiro contrato deverá ser o lote de sete unidades vencido pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), de Pernambuco – parte do mega pacote de 28 sondas que a companhia pretende encomendar para o pré-sal. A negociação com o EAS está em andamento, segundo fontes do mercado, e os outros três pacotes apresentados na licitação tiveram preços considerados acima do orçamento, o que impediu o avanço da negociação.

Segundo Barbassa, a principal alternativa para viabilizar a contratação de mais 21 unidades até 2017, será o lançamento de um novo processo licitatório. A Petrobrás nega que a intenção seja dar autonomia à SET Brasil para encomendar diretamente as sondas junto ao mercado.

“Por enquanto, ela será criada com capital para construir as sete unidades que serão encomendadas. Se houver interesse em contratar mais sete, ou mais 21, ou quantas mais vierem, serão novos processos conduzidos pela Petrobrás que podem ou não utilizarem os mesmos investidores atuais”, explicou Barbassa. O contrato com o EAS prevê investimentos de US$ 4,65 bilhões na construção das sete unidades.

Segundo a Agência Estado apurou, no entanto, a possibilidade de a SET Brasil ganhar autonomia é forte e conta com apoio de áreas de dentro da estatal. Uma das alternativas que vem sendo estudada paralelamente seria chamar os proponentes que participaram da licitação das 28 sondas para rever os riscos que elevaram o custo do projeto e, assim, chegar aos valores mais próximos dos apresentados pelo estaleiro pernambucano.

Na licitação das 28 unidades, em segundo lugar, depois do EAS, ficou o consórcio Alusa Galvão, que pretendia construir um estaleiro na região de Barra do Furado, no Norte Fluminense. O consórcio apresentou uma proposta de US$ 4,678 bilhões, valor de US$ 668,28 milhões por unidade. O terceiro colocado foi o estaleiro Brasfels, de Angra dos Reis, com proposta de US$ 5,172 bilhões, ou US$ 738,8 milhões por unidade. O quarto lugar ficou com o Jurong, com proposta de US$ 5,178 bilhões, ou US$ 739 milhões por unidade. O estaleiro Jurong, de Cingapura, pretende construir uma unidade no Espírito Santo, caso leve as encomendas. Também apresentaram propostas o consórcio formado por OAS/Odebrecht/UTC (US$ 5,311 bilhões), Eisa (US$ 5,492 bilhões) e Andrade Gutierrez/Mauá (US$ 5,768 bilhões).

Por: Kelly Lima | Rio

(Fonte: Estadão Online)

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