Empresa diz que participa de leilão da Força Aérea se data para entrega de aeronaves, marcada para daqui a um ano, for adiada
A Embraer deixou claro ontem que somente participará de uma nova licitação da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) para a compra de aviões de combate leve se os requisitos forem os mesmos da concorrência cancelada no final de fevereiro. A única mudança exigida pela companhia brasileira é a prorrogação do prazo de entrega das primeiras aeronaves, antes definida para 23 de abril de 2013. Conforme anunciou no final de março, a USAF deve lançar o novo edital nas próximas semanas.
Ao contrário do que informou à imprensa, a presidente Dilma Rousseff cobrou duas vezes do presidente dos EUA, Barack Obama, anteontem, a preservação da escolha inicial da USAF. “Os EUA sempre falaram em respeito aos contratos. Como é que, agora, não respeitam um deles?”, questionou Dilma na sua conversa com Obama, na Casa Branca, e quando ambos se apresentaram diante dos comandantes de empresas dos dois países.
Ontem, o presidente da Embraer, Frederico Curado, insistiu a jornalistas brasileiros e estrangeiros não ser essa venda crucial por seu valor – um total de US$ 350 milhões para o primeiro lote de 20 aviões, a ser entregue pelos EUA à futura Força Aérea do Afeganistão.
A importância do contrato estaria no seu objetivo estratégico. A operação com o Departamento de Defesa, explicou ele, vale como um “selo de qualidade” para os Super Tucanos. Ela estimularia a empresa a avançar em nichos do mercado de aviação militar e daria impulso a projetos específicos, como a montagem cargueiro KC 390.