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CPI do Transporte do DF ouve nesta quinta presidente da licitação de 2012

Economista Galeno Monte comandou renovação de contratos de transporte. Subsecretário de Fiscalização também será ouvido; reunião começa às 9h.

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público na Câmara Legislativa do Distrito Federal ouve nesta quinta-feira (18) o ex-presidente da comissão de licitação da Secretaria de Transporte, Galeno Furtado Monte. O economista coordenou o processo que levou à renovação da frota de ônibus, em 2012, e que está sob análise do colegiado. A reunião está marcada para as 9h.

 

Também nesta quinta, a CPI deve ouvir o atual subsecretário de Fiscalização, Auditoria e Controle da Secretaria de Mobilidade do DF, Fernando Luís Pires. Ele chegou a comparecer à comissão na quinta passada (11), mas o depoimento foi adiado em função do horário. Pires é listado pela CPI como “atual responsável pela gestão dos contratos de transporte público”.

 

A CPI aprovou no dia 9 por unanimidade a criação de uma subcomissão técnica para analisar o sistema de ônibus da capital. O grupo é composto de advogados e auditores da Câmara Legislativa e o relatório tem previsão de entrega para a próxima semana.

 

Primeira audiência

As oitivas tiveram início na semana passada, quando prestaram depoimento o atual diretor-técnico do DFTrans, Adônis Ribeiro Gonçalves, o ex-diretor do DFTrans Raimundo Lúcio Lima da Silva e o ex-diretor operacional do DFTrans e atual assessor especial da Secretaria de Mobilidade, Ricardo Leite de Assis.

 

Os depoentes negaram responsabilidade sobre a execução dos contratos, causando irritação nos distritais presentes. O presidente da CPI, deputado Bispo Renato Andrade (PR), afirmou que estudava convidar o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, para explicar a indicação dos nomes.

 

“O que foi aprovado na CPI foi ouvir os executores dos contratos licitados, mas o que a secretaria nos enviou foram servidores do governo passado e que hoje estão no governo atual. Descobrimos que os executores são outros nomeados pelo então diretor Campanella, são três para cada área, dando um total de 15 executores e são essas pessoas que a gente precisa ouvir”, disse.

 

Investigação

Relator da comissão, o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) disse no final do mês passado que pediria a convocação do ex-secretário de Transporte e atual diretor da Adasa, José Walter Vazquez. Ele é um dos citados na denúncia do Ministério Público que aponta suposto esquema de favorecimento na licitação de 2012.

 

O MP cita na ação o advogado Sacha Reck, que prestou consultoria para o GDF no projeto básico da licitação, em 2009, e no julgamento de recursos do próprio edital, em 2012, enquanto representava uma das empresas participantes da concorrência.

 

Se condenados, os envolvidos podem perder direitos políticos e terão de pagar multa de cerca de R$ 1,4 milhão. O MP também pede a anulação completa da licitação caso o suposto esquema seja confirmado pela Justiça.

 

Em 24 de março do ano passado, o G1 mostrou que o órgão ministerial investigava um suposto esquema que favorecia empresas de transporte público ligadas a duas famílias – Constantino, que também controla a companhia aérea Gol, e Gulin, do Paraná.

 

(Fonte: G1)

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