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Com sócio italiano, Bertin ganha fôlego em rodovias

Joint ventures com grupo Atlantia, anunciadas ontem, deve beneficiar as obras do Rodoanel, em São Paulo

Depois de nove meses de conversas, o Grupo Bertin anunciou ontem a criação de duas joint ventures com a italiana Atlantia, que administra 3 mil quilômetros de estradas na Itália e outros trechos na França, Polônia, Índia e Chile. A negociação envolve 1,5 mil km de concessões rodoviárias das duas empresas no Brasil, menos o Rodoanel Sul e Leste, em São Paulo, que continuará, por enquanto, sob a gestão do consórcio SP Mar (Contern e Cibe, ambas do Bertin).

Por questões legais, definidas no edital de licitação, a concessão do Rodoanel não pode ser transferida para outro grupo por um determinado tempo. Por isso, o acordo anunciado ontem entre Bertin e Atlantia prevê uma cláusula para aquisição do empreendimento 18 meses após o término das obras da trecho leste. “Essa opção pode ser exercida até meados de 2016”, destaca Alexandre Tujisoki, diretor financeiro do Grupo Bertin para a área de concessões rodoviárias.

Ele afirma ainda que o negócio vai permitir um empréstimo de até R$ 1,1 bilhão para a SP Mar fazer frente às obras necessárias do Rodoanel. Os recursos já estarão disponíveis para o consórcio a partir da aprovação da parceria pelos órgãos reguladores.

Concessões. Uma das joint ventures vai reunir duas concessões do Bertin (Nascentes da Gerais, que faz a gestão do complexo MG-050/BR-265/BR-491, e a Rodovia das Colinas, no interior de São Paulo) e uma da Atlantia (Triângulo do Sol, que administra as rodovias Washington Luís, Brigadeiro Faria Lima, Carlos Tonani, Nemésio Cadetti e Laurentino Mascari).

A outra joint venture terá apenas a concessão da Rodovia do Tietê, que vai de Campinas a Bauru, em São Paulo. A divisão foi feita por que o Bertin detém apenas 50% da concessionária. No caso da Triangulo do Sol, a Atlantia deverá concluir a compra da participação da Leão & Leão e levar 100% das concessões para a joint venture. Segundo Tujisoki, o grupo italiano fará um aporte de capital de R$ 300 milhões nas empresas, que terá valor de R$ 3,3 bilhões. Cada sócio terá uma fatia de 50%.

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