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COI: Tribunal de Justiça mantém suspensão do pregão de São José

Por unanimidade, desembargadores da 7ª Câmara de Direito Público aceitaram alegação de uma das empresas interessadas no certame, que havia questionado a aglutinação de diversos serviços em uma única licitação.

Contrariando expectativa do prefeito Felicio Ramuth (PSDB), o TJ (Tribunal de Justiça) decidiu nessa segunda-feira manter suspensa a licitação do COI (Centro de Operações Integradas) de São José dos Campos. A decisão foi tomada pela 7ª Câmara de Direito Público do TJ, composta por três desembargadores. A votação foi unânime.

Os desembargadores julgaram procedente o recurso da empresa Redel Internet, de Santa Catarina, que questiona a aglutinação de diversos serviços na mesma licitação. De acordo com a apelação, isso restringiria a participação de concorrentes no certame, impossibilitando a escolha mais vantajosa para o município.

“Observando-se os itens objeto da licitação, não se verifica uma relação de dependência entre os mesmos, havendo a possibilidade de que fossem prestados separadamente, sendo desnecessária a realização do certame em lote único”, diz trecho do voto do desembargador Eduardo Gouvêa, relator do processo no TJ.

Com a nova decisão do Tribunal de Justiça, a paralisação do certame ultrapassa sete meses. Lançado em setembro do ano passado, o edital previa que a sessão do pregão fosse realizada no fim daquele mês, mas após a Redel ajuizar um mandado de segurança, a 2ª Vara da Fazenda Pública determinou a paralisação do certame, em caráter liminar.

A prefeitura apresentou recurso e, em fevereiro desse ano, a própria 2ª Vara da Fazenda Pública decidiu liberar a continuidade do pregão. A sessão chegou a ser remarcada para o dia 7 de março, mas ainda em fevereiro o TJ aceitou recurso da Redel e paralisou novamente a licitação. A decisão de fevereiro do TJ foi em caráter liminar. Nessa segunda-feira, a 7ª Câmara de Direito Público ratificou o entendimento. Agora, o certame permanecerá suspenso pelo menos até a 2ª Vara da Fazenda Pública analisar o mérito da ação da Redel.

Com duração de quatro anos, o contrato poderá custar até R$ 92,8 milhões. Citando o conceito de ‘cidades inteligentes’, o edital prevê que a empresa vencedora ficará responsável por diversos serviços, como sinal de internet em todos os prédios públicos e escolas da rede municipal, 70 controladores semafóricos, 1.000 câmeras de monitoramento e uma central, que passará a se chamar CSI (Centro de Segurança Integrada), para integrar COI e CCO (Centro de Controle Operacional).

Prefeitura diz não ter sido notificada, mas sustenta que TCE deu aval para licitação

A prefeitura alegou que não foi notificada sobre a decisão do TJ, mas pontuou que a licitação “já foi validada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado)”. À Justiça, anteriormente, o governo Felicio defendeu a aglutinação dos serviços, sob a alegação de que, por “economia de escala”, isso permitirá economia de cerca de R$ 11 milhões.

(Fonte: O Vale)

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