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Chefe do setor de água e esgoto admite falhas na gestão, em Ribeirão Preto

A segunda colocada na licitação, de acordo com Santos, foi acionada e deve fazer a entrega nos próximos 15 dias.

Sem estoque de bombas, o Daerp (departamento de água e esgoto) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) decidiu adotar o rodízio entre os equipamentos nos poços artesianos.

 

O superintendente interino da autarquia, Marco Antonio dos Santos, confirmou a troca das bombas.

 

Ele também afirmou que a empresa contratada em julho do ano passado não entregou as 15 bombas previstas, o que causou o problema no estoque.

 

As últimas trocas de bombas entre os poços aconteceram entre os bairros Jardim Antonio Palocci e Branca Salles, segundo funcionários.

 

Como consequência da ação, o abastecimento de água no Palocci está precário, com menor vazão de água nas torneiras e a possibilidade de desabastecimento em horários de pico.

 

Também houve a retirada da bomba do poço artesiano da Ribeirânia, que foi transferida para a Vila Tibério.

 

De acordo com funcionários do setor operacional, o rodízio das bombas é adotado há pelo menos um ano.

 

Além de precarizar o abastecimento de água, a medida não garante resultados positivos: a bomba que era do poço do bairro Flamboyant não funcionou no Simioni.

 

“Depois é difícil colocar de volta. A gente acaba fazendo remendo nas bombas para que voltem a operar”, explicou um funcionário, que pediu para não ser identificado.

 

A crise de falta de água começou no dia 16 de janeiro, com problemas no poço artesiano São Bento. Desde então, ao menos cinco bombas apresentaram defeitos, e o desabastecimento já afetou cerca de 130 mil moradores.

 

O aposentado Aparecido Donizete Martins, 57, mora no Ipiranga e disse que enfrenta o desabastecimento de água há dois meses.

 

“A água chega de madrugada, mas de manhã a torneira está seca.”

 

O calheiro Nivaldo Barreira Júnior, 25, tenta driblar a falta de água, que acontece de quinta a segunda-feira. “Deixo a piscina cheia e uso essa água para lavar roupa, arrumar a casa.”

 

OUTRO LADO

 

O secretário de Administração Marco Antonio dos Santos, superintendente interino do Daerp, confirmou que existe falhas na gestão.

 

Segundo ele, a empresa contratada não entregou as 15 bombas compradas por R$ 900 mil pelo departamento.

 

A segunda colocada na licitação, de acordo com Santos, foi acionada e deve fazer a entrega nos próximos 15 dias.

 

Na próxima sexta-feira (7), o departamento vai publicar uma licitação para a compra de mais 25 bombas, segundo o superintendente.

 

Ele ainda afirmou que as falhas na manutenção são provocadas por “ineficiência na comunicação” com os funcionários.

 

Por: Gabriela Yamada

(Fonte: Folha SP)

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