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Bernardo defende investimento dos Correios no trem-bala

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou hoje como “boa iniciativa” a proposta dos Correios de investir no projeto do trem-bala, que ligará Campinas (SP), São Paulo e Rio de Janeiro.

 

Segundo ele, o meio de transporte pode agilizar o trabalho da estatal. “Eu acho que é uma iniciativa boa, importante e nós queremos participar”, disse Bernardo, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, transmitido pela NBR TV.

 

Segundo Bernardo, a ideia partiu do ex-presidente dos Correios, Carlos Henrique Custodio, que, como argumento, informou que o tráfego de caminhões dos Correios entre Rio de Janeiro e São Paulo chega a 450 caminhões por dia. “A ideia seria a seguinte: o Correio compraria espaço do trem de alta velocidade, reservando um vagão para o transporte, muito mais rapidamente”, afirmou o ministro.
O percurso entre Rio e São Paulo pelo trem-bala será de cerca de 90 minutos, segundo Paulo Bernardo, contra seis horas de transporte em caminhões. “O Correio já foi inclusive procurar a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) dizendo: ”nós topamos entrar inclusive com algum dinheiro, se precisar, compramos uma parcela do investimento e vamos receber em serviço”. Acho que é uma ideia boa, falamos com o pessoal da ANTT e eles estão discutindo como é que o Correio pode se encaixar nessa iniciativa.”, informou.

 

A possibilidade da estatal participar de um dos consórcios será discutida na próxima semana com a diretoria da ANTT, órgão responsável pela licitação. Ontem, a direção da ANTT informou que mesmo que a estatal decida se associar a outras empresas para investir no trem-bala, o leilão não será novamente adiado, como ocorreu no ano passado. De acordo com matéria publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, a participação dos Correios exigiria uma alteração do edital, o que poderia forçar o governo a adiar, mais uma vez, o leilão. Para a ANTT, porém, a entrada dos Correios é uma “decisão empresarial” que terá que ser tomada seguindo as regras do edital.

 

Por: ROSANA DE CASSIA E RENATO ANDRADE
(Fonte: Estadão Online)

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