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Ataques podem impactar em futuras licitações

Segundo o presidente do Sindiônibus, se os ataques continuarem, as empresas deverão fazer mais exigências na renovação dos contratos

Devido à série de ataques a ônibus urbanos sofridos na Grande Fortaleza, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, acredita que em licitações futuras, as empresas podem aumentar suas exigências. “Sem duvidas, se essas ações continuarem, haverá impacto nas exigências dos empresários na renovação de contrato”, ele diz. “Ou vai ter pouca proposta ou vão fazer propostas mais caras, porque isso onera o setor”.

 

Da última sexta-feira (14) até ontem foram nove ataques incendiários, o que resultou em quatro carros com perda total e cinco com perdas parciais. O Sindiônibus estima prejuízos superiores R$ 1 milhão apenas com os danos materiais. E como nenhuma empresa é cobertura por seguro, o prejuízo fica com as empresas.

 

“O que pode acontecer é que as empresas tentem recuperar esses prejuízos ao longo dos anos, nos processos licitatórios”, diz o presidente do sindicato.

 

Segundo informou a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura não terá nenhum ônus devido à queima dos ônibus na Cidade. Ainda de acordo com a assessoria, os gastos com reparo e troca de veículos ficam a cargo das empresas de ônibus, “como previsto em contrato licitatório firmado com a Prefeitura”.

 

Dalton Guimarães, diretor superintendente da empresa Vitória, que teve um ônibus parcialmente queimado em Caucaia, disse que o prejuízo foi de R$ 8 mil. E que o carro deve voltar a circular em até cinco dias. “O ataque não chegou a danificar totalmente o ônibus. O motorista e cobrador ajudaram a apagar o fogo junto com um ex-funcionário nosso que estava no local”.

 

Movimento

 

Quanto aos possíveis prejuízos causados pelo temor da população em utilizar o serviço de transporte coletivo, Dimas diz que ainda não é possível calcula-lo, mas acredita que o número de passageiros pode ter diminuído de 10% a 20% desde então. “Possivelmente houve perda de passageiros, mas não dá para dizer com certeza”. Mas como o setor movimenta aproximadamente R$ 2 milhões por dia útil, o impacto pode ter sido de até R$ 800 mil.

 

A frota de ônibus, porém, não foi reduzida com os ataques, já que cada empresa conta com carros reserva, conforme previsto em contrato. Mesmo as linhas Corujão, que circulam durante a madrugada, permanecerão com a frota completa, segundo Dimas.

 

Na madrugada de terça-feira (18) 26 linhas do “Corujão” foram suspensas temporariamente, após um ataque à linha 631, “É importante a gente reconhecer o trabalho da polícia, que está fazendo escolta para o Corujão, que continuará até que identifiquem que (a linha) não corre mais risco”, afirmou Dimas.

 

Sobre o clima entre empresários e funcionários das empresas, Dimas diz: “Aqui em Fortaleza a gente nunca tinha experimentado caso de violência semelhante”. (Colaborou Beatriz Cavalcante)

 

(Fonte: O Povo)

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