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Arquiteto diz que obra ‘é para apagar incêndio’

O profissional tem trabalhado como consultor de projeto da reforma do complexo do Ibirapuera, mas admite que a obra não resolve todos os problemas.

 

Eduardo de Castro Mello tem uma relação visceral com o Constâncio Vaz Guimarães. “Acompanhei a obra desde criança”, diz o arquiteto, filho de Ícaro de Castro Mello, o homem que projetou o principal equipamento público esportivo da cidade e nomeia a pista de atletismo. “Meu pai tinha um orgulho muito grande do ginásio, com aquela forma facilmente reconhecida por todos.”

O profissional tem trabalhado como consultor de projeto da reforma do complexo do Ibirapuera, mas admite que a obra não resolve todos os problemas. “No momento, a reforma é para apagar um incêndio, porque a situação era calamitosa. Fico contente de, ao menos, o equipamento voltar a ser utilizado. É mais uma recuperação mesmo.”

Mais do que a reforma em andamento, o Constâncio necessita de uma modernização, explica o arquiteto. A proposta foi feita por meio de um concurso público em 2003. Mas o projeto, de autoria do arquiteto Héctor Vigliecca, nunca saiu do papel. “Fui convidado pelo IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) para ser o coordenador do concurso. O Héctor fez um trabalho muito bom, moderno. Infelizmente, foi mais um concurso engavetado”, afirma o consultor.

Para a modernização, Eduardo estima um gasto três vezes maior do que a verba utilizada agora. E teme pela falta de manutenção. “Este é o grande problema das obras públicas. Falta verba, a licitação demora, e tudo vai acumulando. O Constâncio merecia uma intervenção maior nos próximos dois anos.” Também critica os “puxadinhos” que descaracterizam o conjunto arquitetônico do complexo, como a cobertura de duas quadras externas.

(Fonte: Estadão Online)

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