Município solicitou realinhamento dos valores à empresa vencedora
Cascavel – A compra de café a açúcar acima do valor de mercado, divulgada sábado na coluna Informe, foi confirmada pela Prefeitura de Cascavel. A empresa contratada para fornecer produtos alimentícios R. Rafaella Rodrigues recebeu ultimato do Município: caso os valores não fossem realinhados, a ata de registro de preço seria cancelada.
Na aquisição de 2.491 pacotes de açúcar e 7.570 pacotes (500 gramas) de café, o Município pagaria a empresa R$ 80.737,40, o que ocasionaria um prejuízo ao erário de R$ 11.599,21. “Durante a homologação do processo licitatório, o Município constatou valores acima de mercado e, imediatamente, iniciou-se um processo de realinhamento de preços, que está em vias de ser concluído”, informou o Município em nota oficial.
As providências já estariam sendo tomadas antes da divulgação da notícia neste jornal. Enquanto um pacote de açúcar de 5 quilos custa nos supermercados, em média, R$ 10,49, a prefeitura pagaria R$ 11,99. Na compra de café, a marca escolhida na licitação custa R$ 5,68 nas gôndolas, mas custava R$ 6,72 à prefeitura.
O secretário de Administração, Alisson Ramos da Luz, disse que outras duas empresas participaram da disputa e que os valores apresentados por elas eram ainda mais altos. Segundo ele, no dia em que os envelopes foram abertos houve a comparação dos mesmos produtos em três supermercados diferentes.
“Foi retirada nota fiscal das três compras e constatamos que o valor estava acima de mercado. Informamos que não vamos comprar os produtos nesses valores”, justificou.
Alisson detalha que a contratada aceitou realinhar os preços para baixo e foi exigido que cada pacote de açúcar seja vendido a R$ 10,49 e o de café, a R$ 5,72.
“Não vamos aceitar nenhum produto no preço anterior”, garante o secretário.
A nota oficial também destaca que o edital nos valores acima do mercado só foram publicados em “Diário Oficial” para cumprir os trâmites legais da licitação. O realinhamento dos preços será o publicado nos próximos dias.
(Fonte: O Paraná)