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Sérgio Machado é denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Transpetro

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o ex-presidente da Transpetro, José Sérgio de Oliveira Machado, e o empresário Germán Efromovich pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato. A denúncia foi feita à Justiça Federal nesta quinta-feira (24).

O esquema envolveu a lavagem de R$ 123 milhões, com a participação do irmão de Germán, José Efromovich. Conforme o MPF, Sérgio Machado e os irmãos teriam, entre os anos de 2008 e 2014, gerado prejuízos de R$ 650 milhões aos cofres da Transpetro em contratos fraudados de construção de navios com estaleiros dos empresários.

Um dos casos ocorreu em 2017, quando o estaleiro Mauá – de responsabilidade dos irmãos Efromovich, venceu licitação para construção de quatro navios de produtos.

No ano seguinte, Germán utilizou outra empresa da família (Estaleiro Ilha) para prestar o serviço. Machado então solicitou uma propina de 2% do valor total desses contratos, mencionando que “todas as empresas que firmavam contratos com a Transpetro ‘colaboravam’ com um percentual de cada contrato”.

A saída feita por Germán foi adicionar cláusulas contratuais nos contratos no valor das propinas cobradas por Machado. Dessa forma, mais oito navios foram contratados pela Transpetro junto do Estaleiro Eisa, mas a empresa entregou apenas uma das 12 embarcações previstas, causando prejuízo total de R$ 649.987.091,46.

“O esquema de corrupção nos contratos para construção de navios gerou prejuízos incalculáveis para a Transpetro e a indústria naval brasileira. Movido pelo recebimento de vantagens indevidas milionárias, Sérgio Machado praticou atos para favorecer o estaleiro Eisa quando já era evidente a sua inaptidão para a construção dos navios contratados”, explicou a procuradora da República Luciana Bogo.

MPF DENUNCIA ESQUEMA DE LAVAGEM DE DINHEIRO QUE CAUSOU PREJUÍZO À TRANSPETRO
Para facilitar o recebimento da propina, Sérgio Machado e o próprio filho, Expedito Machado, abriram contas na Suíça em nome de offshores. Já Germán utilizou empresas do grupo no exterior (a maioria em paraísos fiscais) para as movimentações financeiras.

O irmão de Germán, José Efromovich teve participação no esquema criminoso na celebração de atos de gestão societária e financeira que permitiram o negócio.

José Efromovich foi denunciado seis vezes pelos crimes de lavagem de dinheiro, enquanto Germán Efromovich e Sérgio Machado irão responder por 34 crimes de lavagem de capitais e também pelos delitos de corrupção ativa e passiva.

O MPF ainda requereu o perdimento do produto e proveito dos crimes pela União, com valor equivalente em mais de R$ 123 milhões, além da reparação dos prejuízos financeiros causados à Transpetro no valor mínimo de R$ 649.987.091,46.

Fonte: Paraná Portal

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