Orçamento é de R$ 80 milhões e tem parceria do estado com o município. Segundo a administração, empresas estão com dúvidas no edital.
A Prefeitura de Campinas (SP) suspendeu a licitação para obras do Teatro Ópera, no Parque Ecológico Monsenhor Emílio Salim em parceria com o governo do estado. O equipamento está orçado em R$ 80 milhões.
O início da construção chegou a ser anunciada para dezembro de 2013 e durariam 45 meses. A capacidade será 1,2 mil pessoas e poderá atender 3 milhões de pessoas por ano na Região Metropolitana de Campinas (RMC).
A decisão foi publicada no Diário Oficial de Campinas na manhã desta segunda-feira (23) e foi um pedido da Secretaria de Infraestrutura.
De acordo com a assessoria de imprensa, empresas estavam fazendo questionamentos sobre questões técnicas da obra e a pasta optou por esclarecê-las. Depois, realizar nova licitação.A pasta não informou as dúvidas das empresas e nem deu prazo para que a licitação seja liberada.
O teatro
Uma projeção feita pelo arquiteto paulistano Carlos Bratke revela detalhes do Teatro de Ópera Carlos Gomes, que teve obras anunciadas para dezembro de 2013 mas não saíram do papel. A construção será Parque Ecológio Monsenhor Emílio José Sallim. Com estilo elizabetano, onde o palco avança sobre a plateia em um semicírculo para criar interatividade entre cena e público, a casa de espetáculos terá verba de R$ 80 milhões do governo estadual. O acordo entre estado e Prefeitura já foi assinado.
O desenho apresentado pelo ex-diretor do Museu da Casa Brasileira – de 1992 a 1995 – indica um teatro com 12 mil metros quadrados de área construída, em que a forma é a de um triângulo com lados curvos. A sala de espetáculos é formada pela plateia principal com 1 mil assentos, balcão com 200 lugares, sala de projeção, controle e tradução simultânea.
Atrás do palco, explicou Bratke, ficará a parte técnica da casa, dividida em seis pavimentos. Entre eles estão os camarins, a sala de ar condicionado e um espaço para a manutenção de instrumentos acústicos e elétricos.
“É importante, pois há poucos teatros de ópera no Brasil. Em geral são todos os municipais de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Belém do Pará. As referências [para o projeto] foram teatros históricos”, destacou o arquiteto em entrevisa ao G1 em 2013 .
O projeto de Bratke foi doado ao município pelo valor simbólico de R$ 400 mil, em maio de 2011, pelos empreendedores de um complexo de condomínios da cidade como contrapartida pelas construções das casas e prédios às margens da Rodovia Anhanguera.
(Fonte: G1)