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Operadoras dizem que excesso de leis municipais emperra o 4G

Na telefonia celular, os dados trafegam por uma faixa de frequência, como se fosse uma estrada. No Brasil, a tecnologia 4G vai operar em uma frequência mais alta, de menor alcance que a rede 3G. Por isso, a quantidade de antenas tem que ser duas ou três vezes maior.

O presidente do Sindicato das Empresas de Telefonia (SINDITELEBRASIL), Eduardo Levy, alega que o problema é a dificuldade em conseguir autorização das prefeituras. Segundo ele, há muitas exigências para a instalação das antenas em cada município, o que estaria provocando atrasos no cronograma.

“O licenciamento de antenas no Brasil é um processo extremamente complexo. Existem mais de 250 leis que impedem isso, como não cobertura em hospitais, clínicas e escolas”, afirma Eduardo Levy.

 

Há um projeto de lei para unificar as regras de instalação das antenas de  celular no país. Já foi aprovado no Senado, mas ainda está sendo analisado pela Câmara dos Deputados. Nesse ritmo, admite Eduardo Levy,  nem os estádios devem estar prontos para oferecer internet em alta velocidade a tempo da Copa das Confederações, em junho.

“Os seis estádios correm risco, sendo que três nós temos mais otimismo, e outros nem tanto. E para fora dos estádios, onde há trafego de pessoas,  aeroportos, o risco de não termos as licenças em tempo hábil. Com isso a cobertura não vai ser tão boa como nós gostaríamos e que está nos nossos projetos”, ressalta.

Para Luiz da Silva Mello, professor do setor de Telecomunicações da PUCdo Rio, empresas e prefeituras devem se apressar se o Brasil quiser entrar na era da tecnologia de última geração.

“É preciso que as operadoras de fato realizem os investimentos necessários, que são vultosos, e que os governos locais colaborem na agilização dos processos de licenciamento”, destaca o professor.

Em nota, a Anatel afirmou que, se as metas de cobertura não forem cumpridas, as operadoras ficarão sujeitas a não conseguir resgatar os depósitos dados como garantia para participar da licitação. A Vivo informou que cumprirá todos os prazos previstos pela Anatel. A Claro e a TIM declararam que seguem o cronograma determinado pela agência. Segundo a Oi, as antenas já estão em processo de instalação nas cidades-sede da Copa das Confederações.

 

(Fonte: Globo)

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