Notícias

Negado recurso para manter contas bloqueadas de suspeitas de fraudar sistema da Sejusp

MPMS recorreu da decisão, mas Justiça negou pedido

O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) teve recurso negado ao solicitar que as contas das empresas suspeitas de fraudarem e superfaturarem o Sigo fossem mantidas bloqueadas. A decisão é do relator, desembargador Paulo Alberto de Oliveira, que argumentou que o serviço continua a ser oferecido e deve ser pago. O indeferimento no pedido de reconsideração foi publicado no Diário da Justiça desta segunda-feira (6).

O promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende, da 29ª promotoria do Patrimônio Público, afirmou no pedido que o valor bloqueado mensalmente não se refere pontualmente ao CADG, mas sim a todo um contexto que engloba fraude na inexigibilidade de licitação, ilegalidades no procedimento sobrepreço do objeto da licitação, violação às normas dos Tribunais de Contas em relação à contratação de tecnologia da informação, desvios decorrentes de serviços pagos e não prestados, o que soma um prejuízo milionário ao ente estadual.

No entanto, foi mantida a decisão para autorizar o uso do programa CADG pelo Estado de Mato Grosso do Sul, determinando-se que o Estado faça o repasse do valor de R$ 583.000,00 mensalmente para a conta única do Tribunal de Justiça, vinculada a este processo, tirado do valor maior do contrato (R$ 760.000,00 mensais), já que o valor ficará alcançado pela indisponibilidade de bens já decretada.

Suposta fraude
Adquirido em conjunto com o Sigo, o módulo Sigo CADG foi adquirido por R$ 36,4 milhões, mas entrou em funcionamento somente depois de um ano de contrato. Para piorar, foi utilizado por pouco mais de um mês, sendo abandonado ‘diante das inúmeras inconsistências do programa e de prejuízos causados ao serviço’. Segundo o MPMS, o sistema foi desenvolvido com auxílio do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) antes da contratação e, nessa época, já era tido como ruim pelos operadores.

Mesmo diante dos problemas, o Governo optou pela substituição do sistema anterior. Defeituoso, o Sigo CADG parou de funcionar, mas continuou gerando lucro à empresa contratada, conforme apontam os autos. O sistema adicional ao Sigo elevou o pagamento mensal feito pelo Governo do Estado de R$ 177 mil para R$ 634 mil. Na petição inicial, foi apontado que mesmo após pagamentos pelo programa, o Governo não recebeu os códigos-fonte já tendo pago R$ 25,4 milhões, mas ainda não sendo proprietário do programa.

Diante das falhas, o MPMS pediu a imediata transferência de tecnologia ao Estado; a suspensão da execução do contrato, sob pena de multa diária de R$ 100 mil; bloqueio do pagamento mensal de R$ 634 mil pelos sistemas Sigo e Sigo CADG com garantia de que a empresa não suspenderá o serviço até o final da ação; que não haja prorrogação do contrato; além da indisponibilidade dos bens dos sócios até o valor de R$ 45 milhões para garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

(Fonte: Jornal Mídia Max)

Related posts
Notícias

Com investimento de R$ 3,4 milhões, Recife lança licitação para construir Arrecifes da Cidadania

Equipamento será instalado na Comunidade do Bem, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul da cidade, com…
Read more
Notícias

Em breve deve ser aberta licitação para concessão dos quiosques no Parque dos Pioneiros

Lance inicial previsto é de R$ 400,00 mensais. Vence quem oferecer o maior valor fixo mensal. Com o…
Read more
Notícias

Licitação para requalificação do Teatro Vila Velha será lançada nos próximos dias, diz Bruno Reis

Um dos teatros mais tradicionais de Salvador vai completar 60 anos em atividade, em 31 de julho, e…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *