Gilson recebe mensalmente R$ 9.200 e, de acordo com declaração à Justiça Eleitoral em 2010, possui patrimônio avaliado em R$ 939.941,47
O vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes (PSB), reverteu um dos processos que pedem bloqueio de seus bens por supostas irregularidades cometidas em sua segunda passagem pela Prefeitura, entre 1997 e 2000. A vitória na Justiça ainda não possibilita ao socialista realizar transações financeiras devido a outras ações movidas contra o político.
Gilson recebe mensalmente R$ 9.200 e, de acordo com declaração à Justiça Eleitoral em 2010, possui patrimônio avaliado em R$ 939.941,47. A restrição financeira, segundo Gilson, o atrapalhou no pagamento de resgate do sequestro de seu filho, Gilson Luiz Correia de Menezes Júnior, em 2001. O político contou que conseguiu arrecadar fundos com ajuda de amigos. A situação, porém, começou a mudar no mês passado.
O relator Xavier de Aquino julgou procedente o pedido da defesa de Gilson para liberação da movimentação bancária. Os advogados do vice-prefeito questionaram a ação do Ministério Público, que exigiu quebra de sigilos fiscal e bancário, além do congelamento dos bens por contratação de escritório de advocacia sem licitação. Em dezembro de 2009, a juíza Cintia Adas Abib, da 3ª Vara Cível da Comarca de Diadema, excluiu Gilson do quadro de réus no processo.
Em 1999, o então promotor de Cidadania de Diadema, Silvio Antonio Marques, abriu investigação da admissão do escritório de João Marques de Azevedo Buonaduce por parte da Saned. Em três contratos, a empresa recebeu R$ 4,5 milhões, valor considerado abusivo pelo MP. Gilson, os donos da advocacia e José Francisco Alves (PMDB), ex-presidente da Saned – hoje diretor-presidente da Fundação Florestan Fernandes – tiveram os bens bloqueados.