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Aloysio atribui mortes no trânsito a rodovias precárias

Os parâmetros da licitação foram tão malfeitos que, pouco tempo depois de concedidas as rodovias, afirmou o parlamentar.

 

 

A Polícia Rodoviária Federal anunciou que o número de mortes registrado no feriado de Carnaval deste ano foi superior em 47,9% ao computado no mesmo período do ano passado. Já o Fórum Econômico Mundial divulgou que o Brasil perdeu sete posições, com relação a 2009, e caiu para o 52º lugar na classificação geral do ranking de competitividade no turismo. Ao analisar as notícias, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) observou que os problemas de infraestrutura contribuíram para o mau resultado nos dois casos.

 

Com relação ao ranking, Aloysio observou que apesar de o Brasil ser considerado o país com maior riqueza natural do mundo, perde espaço na indústria turística por causa da violência, da falta de mão de obra qualificada e, principalmente, de deficiências na infraestrutura. Segundo ele, os visitantes têm reclamado, sobretudo, da má conservação das estradas e da defasagem dos portos e aeroportos.

 

Referindo-se ao aumento do número de mortes no Carnaval, Aloysio observou que apesar de outros fatores — como embriaguez, motoristas despreparados e condições precárias de alguns veículos — terem contribuído, as péssimas condições das rodovias foram determinantes. Nas estradas gerenciadas pelo governo de São Paulo houve uma redução de 40%, com relação ao ano passado, comparou.

 

O senador citou a BR-153 como exemplo de uma concessão de estrada malfeita pelo governo federal. A então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, comemorou o fato de as concessionárias terem arrematado os lotes anunciando um preço de pedágio em média 60% inferior ao valor previsto pelo edital do certame, lembrou.  Segundo o senador, números de tráfego defasados em dois anos foram utilizadao como base de cálculo para as tarifas naquela licitação. Dessa forma, as empresas puderam oferecer um deságio maior, já que o tráfego estava subestimado.

 

Os empresários não precisaram cortar na própria carne para cobrar um pedágio menor. Eles cortaram na gordura. Mesmo assim, os parâmetros da licitação foram tão malfeitos que, pouco tempo depois de concedidas as rodovias, se verificou que as empresas não estavam conseguindo realizar os serviços de manutenção, sinalização e conservação da estrada no tempo previsto pelo contrato — afirmou o parlamentar.

 

(Fonte: Jornal do Senado)

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