Alagoinhas, na Bahia, cidade com 150 mil habitantes, vai licitar o serviço de transporte coletivo local.
A concorrência está marcada para 23 de janeiro de 2020, e deverá selecionar a empresa que assumirá a concessão dos serviços no prazo de 10 anos, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período.
Como principais objetivos, conforme definido no Edital, a licitação visa, além da operação do serviço de transporte coletivo de passageiros urbanos de Alagoinhas, a integração física e tarifária de linhas pela integração aberta e temporal ou fechado por terminais, com uso obrigatório de cartão eletrônico.
A integração está sendo considerada a grande novidade do processo licitatório. Ela permitirá aos usuários “um novo embarque em qualquer veículo do Sistema sem a necessidade do pagamento de nova tarifa, desde que o segundo embarque seja complemento, no mesmo sentido, do deslocamento inicial”, esclarece o Edital.
Entre as melhorias, a prefeitura promete a renovação da frota com exigência de que 20% sejam veículos zero km, com idade média de 10 anos para o restante e acessibilidade total.
A frota total, prevista no Projeto Básico, é de 62 ônibus para 37 linhas, divididas em dois lotes operacionais, com um total de 689 mil passageiros equivalentes.
“Os ônibus que circulam atualmente têm uma média de 16 anos de uso e com a licitação, vamos tirar das ruas veículos com estado de conservação muito precário, que trazem transtornos diários e, muitas vezes, colocam em risco a segurança de usuários e rodoviários”, anunciou o prefeito Joaquim Neto no lançamento do Edital.
Atualmente a cidade e atendida por três empresas: Xavier Transportes, ATP e Cidade Alagoinhas.
A tarifa, atualmente em R$ 2,70, foi reajustada a partir do dia 04 de agosto deste ano. Na ocasião, os rodoviários da cidade estavam em greve, e a prefeitura aumentou a tarifa em 8% para permitir que as empresas fechassem um acordo com os trabalhadores.
“Durante o ano de 2020, a tarifa será a mesma praticada hoje e o reajuste será feito de forma natural, no tempo certo, juntamente com o Conselho de Transporte. O edital também contempla os trabalhadores do transporte público com exigência de que, no mínimo, 85% dos rodoviários sejam contratados com a concessão”, acrescentou o prefeito.
A concessionária terá ainda, no prazo máximo de 06 meses, contados a partir da assinatura do contrato, que implantar, testar e colocar em pleno funcionamento a Central de Controle Operacional (CCO).
(Fonte: Diário do Transporte)